Instituto Cultural de Ponta Delgada

É o título que Rodrigo Rodrigues (Ponta Delgada, 1873-1956) deu aos seis grandes volumes de árvores genealógicas que ele próprio traçou e escreveu com admirável caligrafia. Para esta obra genealógica serviu-se de trabalhos de genealogistas anteriores, principalmente Gaspar Frutuoso, Ernesto do Canto, Carlos Machado e também José Pedro da Costa, estes três últimos manuscritos, os quais passou para os seus livros, introduzindo-lhe algumas correções e estabelecendo ligações até então desconhecidas. Mas no que ele se mostrou verdadeiramente original foi no caráter democrático que imprimiu ao trabalho, ligando qualquer outra pessoa da classe popular com os povoadores de que fala Frutuoso. Não sendo fácil a publicação das árvores genealógicas de Rodrigo Rodrigues, tal como ele as traçou, recorreu-se ao sistema narrativo, aliás usual em livros desta natureza. Trabalho dividido em capítulos, cada um destes inicia-se com um tronco, na maior parte das vezes um povoador e do qual partem os seus descendentes, agrupados em parágrafos. Esta grandiosa obra, produto de mais de 50 anos de investigação, representa um contributo fundamental para a História dos Açores, através das famílias que povoaram as Ilhas de São Miguel e Santa Maria e que aqui deixaram descendência.